Dados do INE indicam evolução
da economia

O efeito da melhoria<br>de rendimentos

O PCP considera que os dados divulgados anteontem pelo INE sobre a evolução económica no nosso País são «positivos», defendendo que este crescimento não pode ser dissociado da reposição de rendimentos.

Um país nunca enriquece empobrecendo quem trabalha

«O que deles sobressai é o aumento do consumo privado que não pode ser dissociado da reposição de rendimentos e trabalho e por isso se demonstra que a valorização dos salários e rendimentos é um bem para a economia e não um mal», sublinhou no mesmo dia, à noite, Jerónimo de Sousa, ao discursar num encontro subordinado ao tema da luta contra a precariedade (ver pág. 9).

Os dados do INE demonstram ainda que um «país nunca enriquece empobrecendo quem trabalha», segundo o líder comunista, que deixou por isso uma pergunta: «Para onde iria este país se se libertasse dos constrangimentos externos e internos e, em particular, da política do euro, da ditadura do défice e da dívida?».

Numa análise à informação do organismo de estatística nacional – os dados revelam que a economia cresceu 1,6 por cento no terceiro trimestre do ano em termos homólogos e 0,8 por cento face ao trimestre anterior –, o deputado comunista Paulo Sá destacou no Parlamento o facto de se estar perante uma «clara e efectiva melhoria da actividade económica nos três primeiros trimestres deste ano», a qual, em sua opinião, «é já o reflexo das medidas de recuperação de rendimentos implementadas no último ano, após a derrota do governo PSD/CDS e da sua política».

Falando aos jornalistas nos Passos Perdidos da AR, o parlamentar do PCP justificou o crescimento do PIB com o «aumento do consumo privado», defendendo que este é uma resultante da «melhoria das condições de vida dos trabalhadores».

«Se esta política de recuperação de direitos e rendimentos fosse mais longe também estes números do PIB poderiam ser mais expressivos e significativos, tal como o crescimento do emprego», acredita Paulo Sá, que reiterou a necessidade de prosseguir e aprofundar esta política. O que impõe, frisou, «romper com os constrangimentos externos, nomeadamente as imposições da União Europeia e da dívida».




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